terça-feira, 9 de junho de 2020

Museu de minhas memórias ou homenagem ao poeta e bailarino Mário Quintana

Faço das minhas memórias
um museu

[não somente de 
grandes novidades],

mas principalmente
uma eterna exposição
de minhas saudades,

um livro aberto
volume único
indivisível,

metafórico
político
apaixonado
eufórico...

Como Quintana
em A Cor do Invisível.

Faço das minhas memórias
um museu

um museu de amor
sempre aberto à visitação,

onde se caminhando
pelas minhas lembranças
o visitante
se encaminhará também
ao coração.

Faço das minhas memórias
um museu

em que a fachada é um arco-íris
de todas as cores

a entrada é 1 quilo de alimento para a alma
- jamais perecível,

e o ingresso
o passaporte pros amores.

Faço das minhas memórias
um museu

como o bailarino
faz da vida sua pista de dança,

se vale a pena?

"Não sei dançar
minha maneira de dançar
é o poema."



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