segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ir-realidade



Não troco o duvidoso pelo previsível,
Nem o desapego por uma ilusão,
Prefiro o indecente ao invisível,
E a poesia à escravidão.

Não temo a guerra, mas o moralismo,
Não temo o fogo, mas a intolerância,
As duas faces do surrealismo:
A realidade e sua irrelevância.

Seria o destino um incidente?
Seria o futuro uma quimera?
Assim como o passado e o presente...
Que já foram ambos primavera.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Maria - Flor




Maria, a tua flor,
E os meus sentidos
São envolvidos
Por um só sentido...
O do teu amor!
Se me proíbes
De proibir
Eu te bendigo,
Linda flor
És poesia,
Encantaria,
Seja o que for,
És a maravilha única:
Maria – Flor!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Le Coup de Foudre



J’ai eu le coup de foudre...
Oh, ma cherie!
“C’est pas grave!”
 [Tu me dis]
L’amour c’est une rivière
Que court sans arrêt,
En bas de le pont des arts
Où les amants vont se cacher.
“Ne vous inquiétez pas,
Oh, mon cheri!
Que tes rêves sont t’attendant.”
[Tu me dis
 à nouveau]
Mais avec toi, mon paradis
Que la vie c’est un cadeaux!





segunda-feira, 1 de outubro de 2012

In amor veritas


No amor, como na vida
Não deve haver economia, 
Para que guardar rancor
E não viver em sintonia?
Ainda que certamente findo, 
Da vida ele pode nos salvar
Portanto, não esqueça
E repita...
In amor veritas.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Poema para você [não] gostar



Só sei elogiar-te
E como não o saberia?
O teu sorriso é uma arte, 
Então, como desagradar-te
Em forma de poesia?
Sem paixão, não saberia;
Sem rima, até poderia;
Sem inspiração não tem por que...
Se a musa para o seu poeta
É seu principal tema,
Exaltar-te-ei...
Em forma de poema.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Hoje o meu nome é saudade

Hoje eu vou cantar saudades
Do tempo em que eu sonhava
Com os teus beijos perfeitos,
Com o sorriso inconfundível,
Com o olhar que fugia do meu
Mas que acertava o coração.
Hoje eu vou chorar a tua ausência,
Amaldiçoar a tua falta de coragem,
A incongruência do teu abraço,
E a impertinente solidão.
Hoje eu vou desafogar,
Reinventar poesia
Para que eu volte a sonhar
Quem sabe um dia...

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Nostalgia



 Nem tudo é lembrança
Nem tudo é desejo
Nem tudo é paixão
Nem tudo é sonho
Nem tudo são cores
Apenas há flores!
Nem tudo é nostalgia
E ainda que fosse,
Seria a pior de todas elas,
Pois seria aquela...
Do que nunca aconteceu!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ritmo descompassado


A alma do poeta é o seu repouso
E o coração da musa, seu bálsamo;
Tua pele de alabastro
Riscada pela minha mão
Tal fosse uma faca,
Defrauda a paz de todo o meu ser.
E, em desespero, quem sabe...
Afogar-me-ia em goles de torpor
Se isto acaso te trouxesse
Às minhas mãos,
No entanto,
A despeito da nossa distância
O coração bate em descompasso
No exato ritmo do teu.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O Sorriso



Há algo naquele sorriso
Que faz o tempo passar devagar.
Brincando de contrariar o coração
Os minutos se arrastam sem pressa
E o coração dispara
Mas sem nunca chegar.
Há algo naquele sorriso
Que [me] faz querer fugir...
Da distância de estar tão perto
E não poder sorrir-lhe;
Da inspiração que de tão cega
Só enxerga o próprio sorriso;
Do meu dia que nunca chega...
Definitivamente,
Há algo naquele sorriso!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Pequenos Amantes




A lembrança do mais-que-perfeito
Não o tempo - fonte de ingratidão -
Mas o beijo...
[motivo de minha saudade]
Reverbera no meu pensamento
E ecoa na minha solidão.
E ainda que alma, tão pequena
Faça o amor valer a pena
Nós nos perdemos
Na condição de pequenos amantes.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Flor-Rainha




O cheiro que a pele reserva
Atrai como tudo que é proibido,
Muito embora me evites como se estivesse presa,
No teu colo sou bem acolhido.
Na tua distância mora o meu desejo
No futuro a tua nostalgia
Da lembrança do beijo que não aconteceu...
E ainda que se sinta a dor,
Menos importante se torna o vaso;
Pois mais extraordinário é o que ele carrega...
A tua ternura e a minha flor!