terça-feira, 22 de maio de 2012

Poema à Maria Bethânia



Tu, abelha-rainha!
Tu, musa!
[musa até de outras musas]
Filha do rei Xangô,
E Filha de mamãe Oxum,
Com a benção de Gantois,
[Mãe-menininha]
Quero também
[de ti]
A benção minha,
Axé! Saravá!
Oxalá, Bethânia,
Nossa abelha-rainha,
Oxalá!

Declaração à musa em pensamento



Musa de uma canção adormecida,
Que em face de tudo o que é belo
Irreleva-o!
Adorar-te-ei sempre na proporção exata
De tua imperfeição;
No colorido infinito do teu olhar;
No fogo indolor do toque de tuas mãos.
Com que ternura penso em ti, bem amada!
O rastro de lembrança de tua imagem
Provoca-me delirante sinestesia,
Perco-me no enleio dos meus pensamentos...
E sonho
[mais uma vez]
com o enlace do teu corpo.
Sonho!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Exaltação à bem amada



A dúvida que o beijo cala,
A saudade que a mão afaga,
A lembrança que o coração não esquece,
O amor que não esvanece;
A poesia que não cansa de exaltar
Se o meu horizonte é o teu olhar
E se o teu nome é o que eu clamo
É porque sou poeta e te amo.

domingo, 6 de maio de 2012

Poesia experimental às ruas do centro de São Luís


Se de súbito me encontro perdido em tuas ruas,
(sei muito bem onde me encontrar)
Das ladeiras aos ladrilhos 
(te admiro)
Em cada detalhe arquitetônico de tua impávida estrutura
Encontro-me no gosto inebriante que o gole do entorpecimento me provoca
(nostalgia)
O entretenimento de outrora inocente dá lugar a sordidez dos meus anseios
E entre fins e meios: te encontro!
Sem aviso prévio, assim, mesmo que de súbito, te encontro, te quero, te venero...
Charmosa é a tua cara,
Saudosa é a minha lembrança
(e a minha poesia)
És tão precisa, és tão precisamente;
Que te preciso
(simplesmente!)

sábado, 5 de maio de 2012

El sueño que me gusta



Sólo me gustan tus abrazos
Me río solo cuando me recuerdo de tus besos,
Pero me entristezco se te despides, y grito:
“no huyas de mí...”
Tu amor es un sueño de que jamás se despierta.
Y la poesia se esfuerza para demostrar
Aquello que el corazón ya está fatigado de saber
Pero a veces no quiere admitir...
Y yo, poeta que padezco
Vivo a escribir
Y a cantar los dolores de amor.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O corpo



Esqueço a paz de minh’alma
Na volição constante do teu ser,
Assim, confuso e amiúde
O conforto do teu corpo
- espelho do meu querer
Abriga-me por longas horas,
Desfruta de todo o meu apego,
Debocha da minha desfaçatez
Quando digo: nem pensar.
 Porém está sempre às ordens
Quando ouve: vem cá.