Quando tu choves em mim
eu solidifico
minha língua paralisa
e dentro de ti eu fico
-fixo
entre tuas pernas
como estalagmite
no chão de uma caverna...
e dentro de ti eu fico
-fixo
entre tuas pernas
como estalagmite
no chão de uma caverna...
Quando tua placa tectônica
vai de encontro a minha
a angústia platônica
transforma-se em correnteza
que vai me levando feito rio
ate às (suas) profundezas,
E quando aparento estar sem ar
eu te sonho de novo
e a água que me puxa
desta vez é salgada
como as ondas do mar
e o suor do teu corpo,
Mas nem em frente ao mar
eu hei de sede morrer,
pois bebo da tua saliva
me alimento de tua seiva
e banho na tua fonte
que me faz reviver.
pois bebo da tua saliva
me alimento de tua seiva
e banho na tua fonte
que me faz reviver.
Ilustra by @alphachanneling