domingo, 25 de maio de 2014

Cercania

Ando cercado de vícios
Alguns que ainda nem têm nome
Outros que já não aguento mais ouvir falar;
Ando cercado de sonhos
Sonhos que nunca realizarei
E outros que eu finjo acreditar;
Ando cercado de traumas
Traumas que a vida me deu
E outros que eu inventei;
Ando cercado de gente
Gente que eu não conheço
E de gente que eu não amei;
Ando cercado de esperanças
De todas aquelas que perdi
E das esperanças que um dia terei;
Ando cercado de medo,
Da ausência de minha liberdade
E do medo de sempre estar cercado
Cercado de tudo
Por todos os lados...

domingo, 18 de maio de 2014

Luta injusta

Em uma centelha de desespero
Pedi aos deuses não mais sentir tua falta
Receei encarar os meus anseios
E me render aos reveses
E por muitas vezes
Colecionando sucessivos fracassos,
Abdiquei de batalhar sem armas
Pois que a briga mais injusta da vida
É essa com a saudade,
Não importa quanto se lute
Certamente se sairá perdedor.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Felicidade

A felicidade é como o mar:
Aos poucos vem de encontro a mim
Aos meus pés,
No dia certo pode me deixar em paz
Ou até mesmo me deixar levar...
E a poesia por ter o sono leve
A qualquer hora pode despertar-se
Para lembrar-se do dia em que fui mais feliz
E que você me deixou
Para também deixar levar-se...





quinta-feira, 8 de maio de 2014

Não existem românticos céticos

Uma vez mergulhado em meus pensamentos
Temi o pior
Temi meu afogamento,
Porém do fundo de minhas reflexões
Emergi
Para recordar as palavras que um dia me disseste:
“Não existem românticos céticos”
Por que me apeguei tanto a isto?
Tal era o efeito dessa sentença
Que mal podia me conter
Depois de muito duvidar
Agora eu me flagrava pela primeira vez
Sem saber em que acreditar.
Pensei nas palavras do poeta que dizia:
“o amor faz acreditar-se até no que se duvida”
Apeguei-me a isto também
Para ter certeza do que eu já sabia
E no fim das contas ter em que acreditar:
Além de não haver românticos céticos
Não há perguntas sem respostas
Nem tempo certo para se amar...