domingo, 20 de novembro de 2016

Voo para a saudade

Embarquei para o amor. Desembarquei para a saudade. Entre um destino e outro, felicidade!

Fui ao teu encontro ansioso da ponta dos meus dedos ao calor da minha alma. Meu corpo necessitava do teu corpo, nossas palavras, apesar de carinhosas e ternas, não nos pareciam mais suficientes para suprir o nosso desejo recíproco de nos fundir em um só carinho.

A gente sempre imagina com ansiedade, como será a nossa felicidade, quando supostamente estamos a caminho dela. Felicidade. Eu já sabia o que era isso há tempos, mas aquela velha felicidade parecia-me ultrapassada, do teu lado sim, não sei nem dizer se eu era feliz, pois parecia-me algo muito maior. De fato, a felicidade contigo é melhor.

E errante fui ao teu encontro, como um sonho. Acordei. Ao teu lado sonhar era constante, sonhava a cada piscar de olhos, pois logo que eles se abriam havia você na minha frente. Como não te sonhar, criatura linda? Sonhei, acordei, sonhei de novo. Contigo. Um ciclo que não me importaria se fosse infinito.

E nesses dias ao teu lado descobri o quão eu, logo eu, podia ser bonito, desde que em teus olhos eu me visse refletido. E por falar em beleza, vi o sol nascendo, vi o sol se pondo, mas nada que se comparasse à beleza que é te ver (me) acordando. Mas tua beleza era o de menos (apesar de ser de mais). Aprendi a admirar as tuas outras infinitas belezas: a tua inteligência, tua capacidade de cuidar e se preocupar com as pessoas ao teu redor, tua habilidade de me fazer ser uma pessoa melhor.

E por isso eu me esforço todos os dias para que o teu rosto esteja sempre marcado por um sorriso, de quem para ser feliz daria tudo que tinha, até porque, meu amor, a tua felicidade tem tudo a ver  com a minha.

Eu embarquei para o amor. Desembarquei para a saudade. Entre um destino e outro, porém, há muito chão.

Mas o voo para a saudade, esse não tem conexão.


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