terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Autocensura


Não mais falo de amores,
Só de alegria, alegria...
Não mais falo de dores
Nem traumas ou elegias.
O réquiem se transforma
Em nova canção de exílio
E arrebata o poeta
Em seu pleno exercício.
O poeta sobrevive
E não mais vive para amar,
A poesia outrora triste
Nada mais tem a lamentar...
E aquele coração,
Um dia sofredor,
Agora pode enfim respirar,
Só não me venha falar de amor,
Pois sou poeta, fingidor.

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