sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Fomos poesia

Um dia te mostrei
os meus versos
e tu disseste que os leria
ao som de Chico
(perguntei se era o César
tu respondeste: é o Buarque)
falamos também de Manoel de Barros
e Mário Quintana
concordamos que nossa memória
é um museu aberto à visitação
e tu lembraste de algo que atravessara tua história...

Confissão!

"Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!"

A saudade costuma deixar terra arrasada
mas cada pequena lembrança
dormirá feito semente 
e sempre haverá um dia
em que ela germinará 
e eu lembrarei com carinho da gente
do futuro que nos teus olhos eu via
e de quando compartilhamos
vivemos
e fomos
poesia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário