A vida é uma grande despedida. E nem
sempre nós temos a oportunidade de dizer adeus. Isso confere certa
beleza poética à nossa estadia por aqui. Tudo segue seu fluxo rumo à finitude,
mas a gente sempre quer mais. No entanto, é bom que a gente saiba
aproveitar aquilo que nos rodeia, e é bom também saber a hora de dizer adeus quando
algo já não representa mais tanto assim.
Uma pessoa muito especial (daquelas
inesquecíveis, sabe?) uma vez, muito oportunamente, me revelou: eu fui
feliz (no amor) até não ser mais! Essa frase me
marcou de um jeito tão forte que nem ela própria deve desconfiar. Assim
como no amor, em vários outros aspectos da nossa vida a gente também é - até
não ser mais - alguma coisa. E isso não representa algo negativo,
necessariamente.
Filme: Truman (2015) – Despedidas não
necessitam ser traumáticas.
Às
vezes o que a gente mais precisa é de uma mudança, seja ela simples ou
drástica. E, para mudarmos, devemos dizer adeus
a alguns hábitos, convenções, preconceitos (sempre devemos dizer adeus a este!) e a algumas pessoas.
Os
ciclos da vida estão sempre a se encerrar e a se (re)iniciar, por muitas vezes,
simultaneamente, e cada adeus pode
também representar um recomeço. Devemos cultivar coisas boas para que os
adeuses sejam menos numerosos que os “até logos”. Amor, amizade, empatia,
esperança... Humanidade enfim!
Sejamos
realistas esperançosos (obrigado, Suassuna!) conscientes de que a vida é uma
grande despedida, mas que só depende de nós fazer com que ela seja uma
maravilhosa e proveitosa passagem.
"Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus."
"Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus."
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