quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Escárnio à sobriedade

A sobriedade é o estado de maior pobreza da alma
ai de mim se não fossem os goles, tragos e cheiros...
ai de vós que não bebeis,
que não fugis desta realidade infortuna,
que não sabeis o que é um bom gole de vinho
ou um trago amargo de um fumo qualquer...

A sobriedade é o estado de maior pobreza da alma
é um corpo sem vícios e sem paixões,
um homem sem vícios é um homem sem paixão!

Deus, livrai-me de uma vida sem paixão!
Ó, vida desgraçada,
suportar-te-ia sem um bom gole de aguardente?
Jamais!

A sobriedade é, todavia um estado de paz,
mas será que conhecemos algo mais monótono que a paz?

Tomai todas e bebei!
esquecei a ingrata sobriedade,
pois de vil e cruel já vos basta a realidade...
Tomai todos e bebei,
ó, infiéis,
e esquecei o céu
porque os bons bêbados vão mesmo é para o inferno! 

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